quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Só na Arquimanguebeatestrutura

é não é que o chicão apareceu... todo nessa vibe meio Science...
Entrou.. com os pés cheio de lama ainda por cima... mais bem que eu achava que o Studio tava muito limpo..



E essa é a lição de arquitetura do cara... ao ritmo das firuladas pancadas sononras !


A Cidade
Nação Zumbi
Composição: Chico Science

O sol nasce e ilumina as pedras evoluídas
Que cresceram com a força de pedreiros suicidas
Cavaleiros circulam vigiando as pessoas
Não importa se são ruins, nem importa se são boas
E a cidade se apresenta centro das ambições
Para mendigos ou ricos e outras armações
Coletivos, automóveis, motos e metrôs
Trabalhadores, patrões, policiais, camelôs

A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce
A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce

A cidade se encontra prostituída
Por aqueles que a usaram em busca de saída
Ilusora de pessoas de outros lugares
A cidade e sua fama vai além dos mares
No meio da esperteza internacional
A cidade até que não está tão mal
E a situação sempre mais ou menos
Sempre uns com mais e outros com menos

A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce
A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce

Eu vou fazer uma embolada, um samba, um maracatu
Tudo bem envenenado, bom pra mim e bom pra tu
Pra a gente sair da lama e enfrentar os urubu

Eu vou fazer uma embolada, um samba, um maracatu
Tudo bem envenenado, bom pra mim e bom pra tu
Pra a gente sair da lama e enfrentar os urubu

Num dia de sol Recife acordou
Com a mesma fedentina do dia anterior

A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce
A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Arquitetuismo


Na tradição Arquitetuista, o Arquiteto é o destruidor, que destrói para construir algo novo, motivo pelo qual muitos o chamam de "renovador" ou "transformador". As primeiras representações surgiram no período pré-histórico (em torno de 20.000 a.C.) na forma de croquis rupestres, o conhecido "Senhor da luz e pedra".
A criação das cavernas era a ele atribuída, e o habitar uma obra arquitetônica era uma prática que produz transformação física, mental e emocional, portanto, intimamente ligada à transformação, e é atribuída a ele.
O arquiteto é o deus supremo dessa religião que visa trazer a paz e o equilíbrio para o mundo.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O universo conhecido - The Known Universe

Para não ser tão triste quanto foi para mim... tenho que falar... ele é enorme pra caraleo !


The Known Universe takes viewers from the Himalayas through our atmosphere and the inky black of space to the afterglow of the Big Bang. Every star, planet, and quasar seen in the film is possible because of the world's most complete four-dimensional map of the universe, the Digital Universe Atlas that is maintained and updated by astrophysicists at the American Museum of Natural History. The new film, created by the Museum, is part of an exhibition, Visions of the Cosmos: From the Milky Ocean to an Evolving Universe, at the Rubin Museum of Art in Manhattan through May 2010.

For more information visit http://www.amnh.org

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Aproximação biomimética

Dennis Dollens, Conceito Biomimético. Plantas desenvolvidas natural e digitalmente com XFrog como exemplo de observações bioniméticas que depois podem ser editadas e usadas para visualização 3D e manusedas no CAD/CAM. Fonte: http://www.tumbletruss.com/

O pensamento arquitetônico ocidental oscilou entre duas concepções básicas opostas: a concepção racional, que sintetizou e geometrizou as formas naturais, transformando-as em representações abstratas; e a aproximação orgânica, que tende a mimetizar-se com a natureza, recriando suas formas e traduzindo-as à linguagem arquitetônica, revivendo-as de uma maneira expressiva. Ambas concepções convergem finalmente na Natureza como origem da Arquitetura, na arquitetura como uma extensão do meio natural evoluído por e junto ao homem. Uma hipótese que pode se argumentar a partir da constatação de que, instintivamente, os animais selvagens sabem como construir seu próprio habitat. Da mesma forma, o homem primitivo teria sabido como começar a edificar valendo-se, assim como os animais, de materiais naturais, estabelecendo um vínculo com o natural cuja marca não desapareceu de sua memória genética e que seria a razão da sobrevivência latente desta ao longo da história da arquitetura sob diferentes concepções e materializações.

“A nova sensibilização de nossa diária tomada de consciência da Natureza chegou a ser uma tarefa à que a própria Natureza nos impelia” aponta o filósofo Jeremy Naydler para afirmar que nosso tempo se enfrenta à necessidade de evitar a degradação de nossa consciência sobre a Natureza. A gradual ascensão da arquitetura como ‘máquina’ e a fragmentação em especializações do conhecimento científico teve como conseqüência um distanciamento da observação atenta e livre de submissão às categorias pré-estabelecidas aos fenômenos naturais que simultaneamente se encontra em pugna com esse estado latente de desejo de regenerar nosso vínculo com ela, que possui suas próprias manifestações dentro do âmbito arquitetônico atual. A intensificada atenção ao uso de técnicas e materiais de construção ancestrais e o interesse por incorporar na experimentação arquitetônica conhecimentos procedentes de disciplinas científicas tais como a biologia, a química ou a genética através do emprego das tecnologias digitais são reflexo desta busca de uma arquitetura cada vez mais intrinsecamente vinculada ao orgânico, capaz de ser reativa e empática como um elemento natural e gerar novas relações psíquicas e físicas de harmonia entre o construído, o entorno e o indivíduo, tenta ir um passo mais adiante para fazer evoluir o que foi a relação tradicional entre ambas: já não produzindo metáforas que representam ou aludem ao natural e sim trabalhando através da pesquisa científica sobre a Natureza para gerar uma nova definição espacial, formal e funcional para a Arquitetura que é possibilitada pelos avanços tecnológicos digitais.


Dennis Dollens, BioTower, 2009. Árvores, arbustos, folhas e flores desenvolvidos digitalmente programadas com um experimento que lida com funções ativas do meio ambiente para criar estruturas arquitetônicas biomecânicas vivas. Gerado no XFrog, editado no Rhino e renderizado no 3DS MAX. Fonte: http://www.tumbletruss.com/

Neste terreno se enquadra o trabalho experimental que Dennis Dollens (www.tumbletruss.com) está desenvolvendo no âmbito da biomimética: pesquisando como extrapolar determinados processos de crescimento botânico -simulados digitalmente mediante o software XFrog, um programa que permite modelar e animar plantas e flores (www.xfrog.com)- ao projeto arquitetônico a fim de produzir novos materiais e estruturas baseados em princípios biológicos. “A biomimética não consiste em propor formas de aproximação orgânica à arquitetura, ou de reinterpretar poeticamente a natureza: não se trata de desenvolver metáforas arquitetônicas da natureza – explica - Não penso que os edifícios tenham que se assemelhar a plantas ou organismos biológicos mas sim acredito que podem funcionar como eles: podem mover-se, transferir ar e umidade, filtrar poluição, reorientar suas peles, modificar o calor e o frio, alertar aos ocupantes de mudar as condições sociais e meio-ambientais…etc.”.

Reunindo uma identificação intelectual com a aproximação à observação e estudo da Natureza filosófico-científica do período da Ilustração, o estudo da metafísica de Leibniz e as teses de Louis H. Sullivan e Gottfried Semper junto à constante atenção à vida natural, Dollens prefere focalizar sua pesquisa na definição e elaboração de processos dos quais emerjam novas formas de construir e novos materiais que resultem numa arquitetura capaz de contribuir à sustentação ecológica do entorno. Ao contrário de outras produções geradas a partir da referência a teorias científicas sobre a natureza das quais a Arquitetura se apropria para traduzi-las em morfologias estruturais radicalmente inovadoras, a dimensão estética do edifício é irrelevante dentro da pesquisa de Dollens: sua aspiração não é gerar uma nova linguagem, e sim propor novas formas de integração entre a Arquitetura as estruturas e matérias da Natureza que permitam uma redefinição da função dos edifícios.


Dennis Dollens, Torre com tronco central desenvolvido no XFrog e pele componente gerada no ParaCloud laminada com vidro. Fonte: http://www.tumbletruss.com/

“A experimentação com o programa XFrog me permitiu experimentar não somente ‘cultivar’ estruturas entrecruzadas ou ramificadas, mas também investigar também as possibilidades de aumentar enormemente a escala de uma folha ou de volumes em forma de vagem para transformá-las em unidades e racemos que pudessem empregar-se como protótipos para solos, paredes ou para habitações completas, inclusive para edifícios”.- explica Dollens, que argumenta que é necessária a colaboração entre arquitetos, biólogos, engenheiros, fabricantes… para começar a articular uma aproximação biomimética ao projeto. O pensamento e o trabalho de Dennis Dollens são reflexo do estado de elaboração de uma consciência que compreende a necessidade de afiançar o progresso através da re-implantação de nossa posição na Natureza.

A idéia de gerar arquitetura que adote traços do funcionamento dos organismos vivos hibridando o potencial da tecnologia digital para a visualização e produção de protótipos com a recuperação de técnicas e usos construtivos tradicionais, propõe uma evolução em relação à idéia da máquina de habitar produto da visão cartesiana e maquinista. A era da tecnologia informacional propicia uma fusão entre os conceitos de racional e orgânico, propondo uma aproximação complexa que alenta o desenvolvimento de novas formas, espaços e funções. Trata-se de repensar uma aprendizagem dos organismos vivos desde a qual fundamentar uma re-concepção dos edifícios como metabolismos, dotando através desta re-dimensão biológica de um novo sentido à funcionalidade da arquitetura ao transformá-la numa entidade efetiva e positivamente reativa na relação com seu entorno e o individuo.

Fredy Massad e Alicia Guerrero, Barcelona Espanha

Fredy Massad e Alicia Guerrero Yeste, titulares do escritório ¿btbW, são autores do livro “Enric Miralles: Metamorfosi do paesaggio”, editora Testo & Immagine, 2004.


Texto retirado da Página DROPS do portal http://www.vitruvius.com.br

Compre-me: Eu, Vontade de morrer. - Pedro Bayeux

Tá ai o documentário produzido por Pedro Bayeux...

"Em uma confluência dos universos das artes, comunicação, tecnologia e política, surgem teorias e ações de ativistas influenciados pela cultura pós-moderna. Uma pergunta é comum entre esses outsiders: como resistir?"
Depoimentos de antonio negri, naomi klein, peter pál pelbart, fernando solanas, sílvio mieli, coletivo temp, coletivo radioatividade, ricardo rosas (mídia tática), movimento dos sem-teto...::
Direção, produção, edição e montagem: Pedro Bayeux
colaboração: flávio soares, leonardo germani, bruno pozzi, gustavo nóbrega, tiago pariz, fabio pinc, renato stockler, claudio ribeiro, julio wainer, vichê...





E isso ainda me lembra lamentavelmente o falecimento de Ricardo Rosas, do RIZOMA.NET... que colaborou no documentário..
E o Rizoma ainda infelizmente tá fora do ar... desde algumas semanas após seu falecimento...
Mais enfim... tanto ele quando Pedro Bayeux mostraram ao mundo que nem tudo é assim tão simples...